Domingo 12 > 18h > [Ação performática] > O Casarão
“Retratos Rotos ultrapassa as fronteiras da denúncia com a proposta de naturalização do corpo feminino, objeto biológico e categoria suprema do desejo. É um convite à experiência sensorial de relação com o mundo através do seio, símbolo importante do orgânico feminino e da sua conexão com a natureza.
Para reivindicar a presença feminina através do elemento seio e recuperar o que em algum momento foi ‘desnaturalizado’ e carregado de significações e tabus, os retratos, apresentados em distintos materiais, conquistam o espaço real e simbólico como registro relacional, emocional, social e essencial da identidade feminina.
Jogando com a ideia essencial de negativo/positivo do retrato fotográfico, a obra une ação performática e instalação tratando basicamente de tirar moldes de seios (negativo) e posteriormente expor os retratos em si (positivo).
Retratos rotos homenageia todas as histórias que guardamos no peito e que nos definem como seres individuais e sociais. Fala do corpo que é nossa primeira fronteira e das muitas outras que vão surgindo ao longo das nossas vidas, criadas por nós mesmas ou pelos outros.”
A artista.
Júlia Lana caminha por várias áreas da criatividade, do design gráfico às artes plásticas. Nascida no sul do Brasil, Júlia formou-se em design gráfico, é mestre em Criação Artística Contemporânea pela Universidade de Barcelona e atualmente está a se especializar em Cerâmica na escola de arte La Industrial, também na capital Catalã.