Somos um colectivo de mulheres artistas, arquitetas e designers apaixonadas por cidades e suas histórias. Queremos, através deste projecto, evidenciar o sexismo na cultura urbana e visibilizar histórias de mulheres na cidade do Porto. Visitaremos alguns pontos de homenagem à mulheres que fizeram parte da história da cidade e locais que hoje servem como espaços de resistência feminista ou marcos de luta (e luto).

Vagas limitadas
Inscrição para: oportofeministtour@gmail.com

Inúmeras mulheres já sofreram algum tipo de assédio sexual, no trabalho, em casa, com amigos, até com os próprios parceiros. “Considera-se assédio uma situação em que alguém é sujeito a um clima ou ambiente de intimidação, de constrangimento de qualquer forma, em que se está sujeito a atitudes que humilham e afetam a dignidade, que se traduzem em comportamentos de teor sexual indesejado.” (Aurora Rodrigues, procuradora geral de Évora, membro da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas).
A questão é que o assédio ainda continua invisível, confundido com sedução ou brincadeiras a princípio inofensivas, o que culmina no silêncio da parte que sofre o assédio.
Diversas vítimas calam-se porque sentem que a sociedade não reconhece sua experiência traumática, coloca a vítima como culpada e que quando falam sobre isso são julgadas num papel de vitimização ou promiscuidade.
De acordo com matéria publicada no site publico.pt em novembro de 2017, os números de queixas de assédio sexual no trabalho, por exemplo, que dão entrada na Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) são irrisórios porém, de acordo com pesquisas da mesma entidade, estão bem longe de representar a população de fato afetada.
Sendo assim, a ação consiste no convite de mulheres (considerando mulheres cis, trans, não-binários, todos que se identificam como mulher) para uma experiência dividida em três momentos: workshop, deriva urbana e instalação/museu aberto.
No primeiro momento, convida-se mulheres para o workshop, onde o principal objetivo é dividir, compartilhar, desafogar histórias, relatos ou memórias que envolvam qualquer tipo de assédio. Nesse momento, conta-se com a presença de uma psicóloga que guia a roda de conversa. Será solicitado que cada mulher traga um objeto que represente de alguma forma o símbolo de sua história. Um batom, uma peça de roupa, sapato, um perfume, ou qualquer objeto que esteja simbolicamente associado com a narrativa da história.
No segundo momento, todas as mulheres caminham em grupo pela rua, fazendo uma deriva urbana coletiva. O ato do caminhar simboliza o momento de empoderamento da mulher. E isso se torna mais significativo por ser um caminhar no espaço urbano, onde por diversas vezes a mulher sofre assédio.
Por fim, escolhe-se um sítio, e os objetos trazidos pelas mulheres serão deixados com uma breve descrição da narrativa, feita durante o workshop, criando uma instalação de objetos.
Por um lado, essa instalação de objetos, funciona como um museu aberto de narrativas de assédio para informar anonimamente ou não os diversos casos. Por outro lado, de uma forma mais pessoal e poética, para a mulher, o ato de deixar o objeto funciona como um ritual de abandono e de libertação.
Assim, essa ação possui um caráter informativo, revelador e que torna mais visível um assunto que ainda pode ser difícil e delicado de ser tratado, porém extremamente necessário para a sociedade atual e, ao mesmo tempo, a ação também possui um cunho social, no sentido em que ampara, conforta e informa as mulheres vítimas de assédio sobre como seguir, prestar queixas, encontrar apoio psicológico com profissionais da área, entre outros.
Além do suporte do próprio festival para propagar o workshop, será também empenhado uma ação com posters, redes sociais, contatos com instituições, organizações e profissionais da área.
O projeto será documentado através dos objetos e histórias partilhadas, com o intuito de criar uma galeria online, estendendo a duração e alcance do projeto.

NA PELE é um experimento performativo que discute de forma sinestésica e sensorial as questões atuais de discriminação e violência contra minorias. Neste caso, a pele negra de mulheres e homossexuais tratadas como objeto, como escória, como resto. É sobre o que toca a alma através da pele negra. É a percepção no corpo e no espírito da intolerância, da invisibilidade, da rejeição, da violência física e psíquica…e, muitas vezes, da morte por feminicídio ou homofobia…Tudo acontece NA PELE e POR CONTA DA PELE…Mas o caminho não será de aniquilamento, será de resistência e luta, através da arte, através do artivismo, através do corpo…NA PELE.

Consiste num projeto realizado por artistas brasileiros e portugueses no qual pretende cruzar o teatro físico, a performance, a arte sonora e arte visual, partindo do conceito da violência e a intolerância inspirado no poema “a manhã seguinte à execução de Marielle Franco” de Micheliny Verunschk. Numa intriga e procura pela a arte da resistência política e social, explora-se através da experimentação entre o movimento do corpo e a tecnologia interativa, onde o vídeo e o som em relação ao corpo surge de estímulo para a criação artística.

Direção Artística e Encenação: Ana São José e Érico José
Interpretação: Thaís Guimarães e Márcio Dornellas
Poema: “a manhã seguinte à execução de Marielle Franco” de Micheliny Verunschk.
Voz-Off Poema e Composição do Canto: Catarina Fernandes
Vídeo em tempo real: Filipe Barbosa
Sonoplastia: André Cruz
Design e Fotografia: Sara Lemos
Figurinos e Adereços : Pedro Morim
Desenho de luz: Érico JosÉ
Produção: TaRa produções
Parceria: COLE ( Coletivo Livre de Espetáculos) – Brasil
Classificação: Performance e Media interativos.
Duração: 20’ aprox.

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